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Sou uma pessoa que sempre adorou ler e escrever. Certo dia deparei-me com uma leitura pouco conservadora, que me cativou de imediato. Pouco tempo depois comecei a escrever estes contos que não são baseados na realidade.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Psicanálise Erótica


Acabei de tomar um banho para me ajudar a pensar claramente no que tinha acontecido. A água estava quente, naquela temperatura exacta que nos deixa com vontade de ficar horas debaixo do chuveiro. Ultimamente a minha vida tornara-se um mar revolto de acontecimentos sucessivos que estavam a deixar marcas que dificilmente conseguiria apagar. Só não sei se me estavam a marcar positiva ou negativamente. Vou vestir o meu roupão branco e sentar-me na minha varanda a fumar um cigarro enquanto penso no que aconteceu, para tentar organizar a minha cabeça.


Tinha tido um dia daqueles que não desejo a ninguém. Estava de rastos e ainda tinha que ir a uma consulta marcada pela minha mãe que metera na cabeça que, depois de um divórcio conturbado, eu deveria procurar ajuda profissional. Provavelmente teria razão. Lá acedi ao seu pedido. Mas que diria ela -se soubesse - do que tinha acontecido?


Saí do emprego deveriam ser umas seis da tarde. Estava um trânsito horrível. A minha consulta estava marcada para as seis e meia, mas se estivesse lá às sete estava com sorte. Liguei para avisar que ia chegar atrasada. Confirmaram que o médico esperaria por mim. Fiquei aliviada. A minha mãe nunca acreditaria que tinha faltado à consulta por causa do trânsito. Ia-lhe soar a desculpa esfarrapada.


Lá cheguei ao consultório. Tive sorte pois como era a última consulta do dia, não tive que esperar. Aliás, o Dr. Marco é que esperou por mim. Imaginava-o como um sessentão barbudo cheio de teorias baratas e sermões filosóficos sobre as razões do insucesso do meu casamento. A recepcionista mandou-me entrar e esperar uns minutos. Entrei. Deparei-me com uma sala bastante agradável. Mas como seria inevitável também vi um sofá… aquele famoso sofá que vemos nos filmes onde os pacientes se deitam a falar sobre a sua vida e os seus problemas, enquanto alguém os ouve e acompanha os seus discursos com um “Hum Hum” tão irritante como assertivo. Não consegui controlar uma sonora gargalhada precisamente no momento em que o Dr. Marco entrava na sala.


Era tudo menos um sessentão barbudo. Não teria mais de trinta e cinco anos, moreno, olhos bem negros, que nos penetram a alma quando nos encaram. Não deveria ser muito mais alto do que eu. Deu-me vontade de fazer psicanálise para o resto da minha vida.


Convidou-me a sentar no famoso sofá e começou por me fazer uma pergunta bem directa. O que é que eu considerava ter sido a razão do fim do meu casamento.
Sempre senti uma certa vergonha de falar no assunto. Não é politicamente correcto dizer que o sexo era o motivo. Afinal, não seria o amor capaz de suportar tudo? Aguentar tudo? Sobreviver a tudo? Na realidade, acho que não fomos capazes de nos suportar a nós mesmos, de sobreviver apesar de tudo o que um dia pensamos sentir, de tudo aquilo que nos levou a ficar juntos para sempre. E que “para sempre” tão curto…


Pedro, meu ex-marido, sempre fora um homem que vivia para os negócios. Fundara uma pequena empresa e não descansou enquanto não aumentou o negócio. Rapidamente abrira mais três lojas e pode-se dizer que não pensava em mais nada. A nossa vida sexual foi gradualmente desaparecendo. Eu sempre fui uma mulher com um grande apetite carnal. Tinha sempre imensa vontade de fazer amor. Pedro não me acompanhava. Quando chegava a casa com uma lingerie provocante, ou uns brinquedos mais ousados para o tentar estimular, levava com um deprimente: “Agora não posso estou a trabalhar!” ou “Onde aprendeste a usar essas coisas?”. E depois gerava-se um clima de total desinteresse. O meu limite ocorreu quando cheguei ao ponto de ter que me masturbar todos os dias. Como é que um homem que não demonstra carinho e tesão por uma mulher pode dizer que a ama? No dia em que anunciei a Pedro a minha decisão de me divorciar, respondeu-me: “Se é isso que desejas. Tenho que sair, tenho uma reunião de negócios.” Chorei a noite toda, tinha o coração despedaçado.


O Dr. Marco ouvira-me atentamente, sem pronunciar um único som. Quando terminei o meu discurso simplesmente sorriu e disse-me: “Sabe que não é a primeira mulher que passa por isso, não sabe? E certamente não será a última!” E continuou a sua dissertação em redor da minha beleza. Houve um momento, um breve instante, em que não consegui encarar os seus lindos olhos negros… baixei a cabeça com uma certa inibição… Aquele homem mexia comigo e deixava-me completamente desarmada! Não era definitivamente a atitude mais ética da parte dele!


Dr. Marco era perspicaz, apercebera-se do meu incómodo. Acariciou a minha face, fez-me olhá-lo nos olhos, aproximou-se de mim e deu-me um beijo tão doce quanto terno nos meus lábios. Já não me lembrava há quanto tempo é que um homem não me tocava. O desejo foi mais forte que eu e qualquer ética profissional! Precisava sentir aquele homem dentro de mim. Beijei-o com toda a tesão que tinha acumulada, apalpei-lhe o pau e senti-o enorme. Tirei-o para fora das calças e enfiei-o todo na minha boca. Passei a língua no buraquinho da cabeça e depois chupei todo aquele pau grosso. Com a ajuda da minha mão, que o ia masturbando, lambi-lhe aqueles tomates enormes. Ele não aguentou mais e veio-se na minha boca. Adorei sentir aqueles jactos. Tentei beber aquilo tudo para não me sujar toda, mas na realidade eu gostava daquele leitinho e não quis desperdiçar nada.


Não satisfeito deita-me de quatro e mete um dedo bem fundo dentro de mim. Depois outro. Eu estava toda molhada, já não aguentava mais de prazer. Então Dr. Marco penetra-me com toda a força, cada vez mais rápido. Agarra-me no cabelo e puxa-me contar ele. Sentia os seus tomates baterem-me no clítoris, só naquela posição era possível e eu estava quase a vir-me! Pressentindo o aproximar-se do meu gozo, dá-me uma palmada no meu rabo. Não consegui suster um grito de prazer e vim-me como uma desalmada!


Apaguei o cigarro, não adianta tentar perceber o que aconteceu. Vou fechar a porta da varanda, despir o meu roupão branco e deitar-me. Amanhã é um novo dia!

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